quarta-feira, 19 de março de 2008

Don´t wanna fight, don´t wanna die...

Muito aconteceu nos últimos meses. Coisas q explicam meu sumiço.

Primeiro, recebi a liberação de 20 dias e cruzei as fronteiras borgóndias. Para minha surpresa, descobri que o mundo lá fora não é muito diferente. Há injustiça, há corrupção, há abuso e há dor em qualquer lugar. Quando não se enfrenta os vermelhos, ainda temos uma série de outros inimigos a enfrentar.

A diferença eu senti de verdade quando voltei. Quando cruzei novamente o portão, percebi que a Borgondinávia não havia mudado, mas eu, sim. Eu já não era a mesma.

Inicialmente, o choque. Perceber o quanto eu me desacostumei. Trabalhando, eu já não via sentido na luta, não tinha esperanças. Comecei a deixar de levar suprimentos para o abrigo. Em seguida, abandonei o contrabando de informações que eu surrupiava em nossos sistemas discretamente, enquanto tapeava os vermelhos que me achavam a borgóndia modelo. E, para meu espanto, os vermelhos resolveram me recompensar pela minha “abaixada de cabeça”, por ter, finalmente, me vendido ao sistema. Mas, claro, como tudo que vem dos vermelhos, a recompensa tb era pura ilusão. E eu só descobri isso quando já estava a ponto de vender até mesmo minha alma.

Sorte que eu percebi a tempo. Eles não podem me obrigar a ficar aqui, já que eu não nasci na Borgondinávia. Já comuniquei que mudarei de país. Eles me perguntaram se eu iria trabalhar em algo novo, estudar... E, com enorme satisfação, eu enchi a boca para dizer: “Não, eu não concordo com a dominação dos Sacanas, eu não concordo com os estragos causados na Borgondinávia e eu não vou me vender ao sistema. Prefiro a morte.”.

Pro meu alívio, eles não vão me matar. Estão me enrolando, me dizendo o quanto a Borgondinávia vai crescer e o que eu perco saindo. Mas eu estou decidida. Desviei nos últimos dias tudo que foi possível desviar para o abrigo, para que os demais rebeldes continuem com a luta.

O mundo fora dos limites borgóndios é hostil, sim. Mas eu estou determinada a enfrentá-lo!

E viva a revolução!